Rate this post

Os Castrados no Brasil Império

Autor: Sara J. da Silva[1]

Sara Landun

Resumo

Este artigo tece uma breve abordagem sobre os castrados no Brasil, procurando saber quais teriam sido as consequências de sua presença no cenário musical do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX. O termo italiano castrati refere-se a pessoas do sexo masculino que tiveram os seus testículos cortados e retirados, quando crianças, a fim de manter a voz aguda na idade adulta. Principalmente nos séculos XVII e XVIII os castrados foram muito requisitados na Europa. A castração foi praticada na semi-clandestinidade, provavelmente, na Itália, Milão, Veneza, Bolonha, Florença, Luca, Norcia, Roma, Nápoles e Lecce. A criança nunca era castrada antes dos 07 ou depois dos 12 anos. Para a cirurgia de castração eram usadas bebidas à base de ópio como anestesia ou, então, a criança tinha suas veias carótidas apertadas até que viesse a desfalecer. O leite era utilizado para amolecer as partes a serem cortadas e a água gelada diminuía o sangramento. Fazia-se um corte na virilha e os testículos eram puxados para fora e cortados. Supõe-se que o índice de mortalidade por causa de hemorragias e infecções chegavam a 80%.

Tópicos Abordados:

Um Breve Histórico;

Aspectos Vocais

Aspectos Fisiológicos

A Castração

O Brasil e os Castrados de 1808 a 1822

Bibliografia

BARBIER, Patrick. História dos Castrados. Lisboa: Coleção Vida e Cultura, 1995.

MARIZ, Vasco História da Música no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994.

BOCCANERA,Sílio. O Theatro na Bahia:Livro do Centenário. Salvador: Officina Diário da Bahia, 1915, p.101.

SADIE, Stanley. The New Grove Dictionary of Music and Musicians. London: Macmillan, 1993,

FILHO, Moraes Melo. Festas e tradições populares do Brasil. In: Jangada Brasil, número 24 agosto de 2000. Disponível em: www.jangadabrasil.com.br/agosto24; acesso em 30 de março de 2006.

MATTOS, Cleofe Person de. Catálogo Temático. José Maurício Nunes Garcia. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Cultura, 1970.


[1] Sara J. da Silva é graduada em Canto pela Universidade Federal da Bahia, possui Licenciatura em Música e é Mestre pelo Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da Faculdade de Comunicação da UFBA.

http://lattes.cnpq.br/7459777273068945